Às vezes tenho medo. Receio o desconhecido e tudo o que isso pode trazer. Arrepia-me a hipótese do que é hoje já não o puder ser amanhã. A possibilidade de tanto viver num estado apaixonante e entusiasmadamente feliz como logo a seguir tudo cair por terra e me sentir perdida e sem rumo. Retraio-me cada vez que penso que não é possível manter todas as pessoas perto de mim, mantendo a mesma intensidade, as mesmas vivências, os mesmos momentos. Custa-me ter de admitir que tudo é de tal forma mutável que, por vezes, vejo-me obrigada a optar por pessoas, sem o querer fazer.
Não entendo o porquê da incapacidade que existe em manter tudo em meu redor controlado...as situações...as pessoas...tudo o que me realiza...
Não aceito esta impotência em, não só, não ser capaz de tudo para mim, como para as pessoas de quem gosto.
No entanto, apesar de todos estes confrontos, prefiro suster-me nos ideais de que para alcançarmos o bom da vida temos de passar pelo menos bom...mesmo que esta máxima pareça utópica...pois se não tivesse passado por certas situações menos boas nunca saberia dar o valor ao que tenho hoje e ao que posso vir a ter e viver futuramente.
"A vida é mais simples do que a gente pensa; basta aceitar o impossível, dispensar o indispensável e suportar o intolerável."
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