Todos crescemos com certos objectivos predefinidos, ora pelos nossos pais, pela sociedade em si ou meramente pela educação que temos. Esquecemo-nos é que nem tudo corre como o planeado, como estaria escrito como o mais correcto.
Não é preciso ser-se um adulto feito para que muitas das fases tidas como certas numa vida repleta de êxitos não sejam alcançadas. Rapidamente há a necessidade de se enfrentar obstáculos, ideologias que afinal não passam disso mesmo.
É nessa altura que o confronto ocorre, surgem os porquês…as dúvidas e incertezas de não termos conseguido realizar o que seria suposto por falha própria ou porque simplesmente o mundo é assim. Para mim, esta fase é aquela que maior confronto nos traz, por constituir uma altura em que a realidade esbofeteia-nos e abrimos os olhos para aquilo que é viver.
Infelizmente nem tudo é um mar de rosas, nem sempre aquilo com que sonhámos se realiza. Por vezes o percurso ideal não é alcançável. Todavia, no meu entender é essencial passar por esta fase. Bater com a cara no chão, limpar as feridas, reflectir sobre o que na realidade poderá ser mesmo alcançável. E depois de tentar mais uma vez perceber que não somos nós que moldamos a vida mas ela que nos molda a nós.
Toda a lágrima tem uma razão, toda a queda tem um caminho alternativo. Não é fácil fazer as melhores escolhas mas eu acredito que é possível faze-lo. Estou a aprender a modelar-me a esta vida que não faz parte dos contos de fadas ouvidos em criança. Não é fácil mas necessário.
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