Como é que sei se o "para sempre" é mesmo para sempre? Será que se algo começar a quebrar vou ter capacidade para me aperceber disso atempadamente, de modo a evitá-lo? Será que o que está destinado a terminar pode ser contrariado?
Tantos ses, suposições, divagações. Não quero tê-las- Quero expulsar de mim cada dúvida e incerteza. Quero esquecer o suposto futuro e tecer as linhas do presente. Ainda que a vontade seja muita o essencial do meu ser não me permite agir assim.
Sou demasiado ponderada e medito incessantemente perante tais pensamentos inquietantes. A minha incapacidade de abstracção é tal que cada acção executada é acompanhada por um alarme constante.
Não sou assim. Adorava viver simplesmente sem me atormentar e sem analisar cada elemento do dia a dia. Em vez disso, o "será que aconteceu por isto", "o que eu fiz?", "será que algo está a mudar sem que eu perceba?" assolam-me. Basta um pequeno desvio da rotina para várias inquietações me martirizarem.
Detesto a insegurança. Porém, sei que neste momento faz parte de mim… Tendo afastá-la, faço tudo para tal. E só espero que seja capaz de o fazer em vez de desperdiçar momento presentes cruciais.
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