Não é hábito meu utilizar este espaço para outros fins senão esvaziar a alma mas desta vez uma amiga precisa de uma ajudinha e cá estou eu para isso.
Pedia a todas as mulheres que perdem o seu precioso tempo a ler os meus devaneios para responderem a um pequeno e muito curto questionário. É algo fácil e que não vos rouba mais do que um minuto.
Este é o link
Nós agradecemos, é de extrema importância a obtenção do maior número de respostas.
E se quiserem divulgar agradecemos também.
Parece tudo tão incerto.
Há algum tempo que não sentia a vida tão instável. Por norma tenho de ter sempre um porto seguro, um plano B para o caso do A não resultar. Desta vez não é assim, não há plano B nem muito menos A. Não há planos, não há segurança.
Não sei o que quero nem o que é melhor para mim. O que me inquieta verdadeiramente é que esta falta de continuidade que sempre dei à minha vida coloca-me numa situação desconhecida e insegura. Qual o caminho a seguir? Qual o acertado?
Esta pausa está a deixar-me irrequieta. Já não consigo pensar e concentrar-me no delinear do esboço da vida. Tenho de o fazer mas os dias passam e torno-me num acessório do dia a dia. O tempo passa e a vontade de agir diminui tamanha é a desorientação.
Nem sempre é bom ter tudo na vida planeado, no enquanto neste momento era disso que precisava para me erguer de novo.
Não tem dado muito bom resultado pensar na minha vida. Ponho-me a pensar em tudo, num instante faço uma viagem alucinante pelos meus últimos três anos. Tenho saudades de algumas coisas (e pessoas) que perdi, sinto falta dos meus rituais quotidianos que me faziam sentir viva e capaz de aproveitar a vida. Questiono-me acerca da vivacidade que se transformou em algo mais calmo, não tão impulsivo. Assisto à possibilidade de mudanças repentinas, que procuro continuamente mas, que me trazem medo como acréscimo. Medo daquilo que não conheço, daquilo que poderá ser, das consequências das minhas decisões, tomadas por vezes no próprio instante. Até que ponto me consigo identificar nesta corda bamba entre a tendência do comodismo e conformismo de uma vida regular e uma incessante vontade de procurar sempre algo novo, que me faça sentir que aprendi mais um pouco, que cresci mais um pouco.
Tenho certezas de algumas coisas. No entanto, é tudo tão vulnerável às transformações das minhas decisões que fico receosa. Espero e tento sempre que acha evolução mas quando chega à hora e me deparo com a mudança necessito de parar. Assusto-me. Receio.
Recordo o que fui, sinto-me grata por todas as recordações que guardo. Contudo também tenho momentos em que apenas gostava de presenciar aquilo que vivi, aquilo que senti. Ao longo do tempo, vou ganhando a consciência de que há coisas que só se vivem uma vez na vida...e mesmo que tenhamos a oportunidade de vivê-las mais uma vez, passar pela experiência de novo...nada é igual. Os sentimentos mudam, as pessoas tornam-se diferentes e aqueles que julgámos eternos ontem hoje já não o são...
E é tudo isto que, por vezes, me paralisa e me faz tentar não parar e pensar na vida, de modo a não sucumbir às incertezas e apenas esperar que as opções tomadas sejam as mais correctas.
Finalmente disponho de tempo para me organizar.
Com calma, consigo definir o que quero e o que tenho de fazer para o alcançar. Possuo os instantes necessários para fazer uma revisão de como está a minha vida. Agora é a altura certa para desfrutar daquilo de que gosto e aproveitar tudo da melhor maneira.
Há muito tempo que sentia não ter tempo para mim. Para pensar. Embora a minha filosofia de vida, neste momento, se foque mais no viver sem pensar muito, também preciso de parar por instantes. Saborear bem o que aprecio. Preciso de tomar consciência de como terei de moldar o meu presente para não voltar a cometer os mesmos erros...
Mantenho-me quieta. Vejo-me impossibilitada de escrever tendo em conta que nem sequer sei o que sinto. Permaneço como que num estado de stand-by em que nem há progresso nem regressão. Deixo-me estar intacta com medo que um passo em falso possa complicar ainda mais.
"After my dreaming,
I woke with this fear
What am I leaving
when I'm done here?"
Já não sei se tenho pensado ou agido demais. Chego à conclusão que já nem penso em nada, para que inconscientemente acredite que tudo isto não passa de algo irreal. Já me perco nos meus actos e indecisões.
"So if you're asking me,
I want you to know"
Tanto estou segura do que quero como já não sei que caminho seguir. Tudo demasiado complicado quando sempre me baseei no "ser nu e cru", no "é ou não é". E é nestas alturas, em que não há uma acção certa ou errada, em que nada é simples ao ponto de ser plausível de ser feito de uma maneira especifica, que me vejo encurralada num não saber agir.
"When my time comes,
forget the wrong that I've done
Help me leave behind
some reasons to be missed
Don't resent me,..."
Neste momento, apenas queria chegar a um consenso, mesmo que para tal tenha de passar por aquilo com que me tenho vindo a debater ao longo da minha vida...
"...and when you're feeling empty
Keep me in your memory
leave out all the rest"
Este sentimento de dificuldade de expressão é constrangedor. O passado, o presente e o futuro vêem-se enlaçados de tal forma que me sinto confusa. Perco-me no presente, preocupo-me com o futuro e lembro-me do passado. Tudo demasiado angustiante e gritante.
Tenho sido assaltada pela nostalgia do passado...talvez devido à consciência do retornar de certas rotinas neste momento pouco apreciadas. Uma melancolia aliada ao receio do que virá...é a única forma que encontro para descrever o que me incomoda.
Ao mesmo tempo que me desoriento com este sentimento, baralho-me com decisões necessárias para me organizar e tirar o melhor partido possível do futuro.
Vagueio no tempo e não encontro respostas para o que procuro.
Penso, repenso e a nenhuma conclusão chego...
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