Nunca fui esquisita. Já me disseram inclusivé que sou normal em tudo. Sou bastante receptiva às possibilidades. Peixe ou carne? Não me importo que seja um outro, embora tenha a minha preferência, à semelhança de qualquer indíviduo. Amarelo ou vermelho? Vermelho...mas se só o amarelo for possível não me importo. Isto são apenas pequenos exemplos no qual se baseiam quando me caracterizam de "normal", e confirmo que seja verdade.
No entanto...há algo no qual me considero esquisita...
Na definição da minha vida. Raramente estou mesmo bem. Há sempre algo que gostaria de melhorar ou acrescentar à minha vida. Sinto-me a desfalecer quando não tenho acção, novidades. Preciso de experiências, de aprendizagem, de interesse por algo novo que me possa fazer crescer mais um pouco.
Apesar de minha tenra idade, orgulho-me do que já tive oportunidade de fazer na, e da, minha vida. Por vezes, gosto de parar e pensar que já fiz aquilo e aquilo e que ainda tenho mais um leque de diversas coisas que desejo fazer. Sou feliz com o que fiz e com o que tenho. Já dancei, cantei, toquei. Já pertenci aquele grupo e a este e a muitos outros. Já tive a oportunidade de conhecer pessoas diferentes mas que me completam, cada um à sua maneira. Já senti que consegui alcançar algo que anseava obter e a recompensa pessoal foi imensa.
No entanto, dia após dia há sempre algo que me deixa insatisfeita. Preciso sempre de esperar mais da vida, de a explorar continuamente embora possua o inconveniente de ser um pouco reservada nas minhas ideias. Sim, sou esquesita na maneira como encaro a vida, pois apesar desta vontade de descoberta também tenho uma visão muito vincada e por vezes é me complicado debater-me com as minhas próprias ideologias, principalmente quando se demonstram impraticáveis na realidade.
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