Não estava preparada para passar por isto de novo. Não estava. Não é justo. Como é possível reviver de tal forma esta agonia que não pensei sentir tão cedo. Havia jurado a mim mesma que não deixaria voltar a acontecer...
Deixei...
Mais uma vez, deixei-me acreditar que desta vez teria uma oportunidade para ser feliz. Felicidade. O que é isso afinal? Sempre que a alcanço é me arrancada de forma abrupta. Dói! Dói perder tudo o que pensei ter alcançado. Do que serviu ultrapassar toda a insegurança? Do que servir ter lutado com o passado? Do que serviu se no final tudo volta. A perda. A dor. O sofrimento. A utopia de um sentimento feliz e solidamente real e estável.
Caí de novo. Nem sei bem como, mas caí. E apesar de neste momento ainda não me ter mentalizado que a vida voltou a pregar-me uma partida, sei que vai custar ainda mais. Vai magoar com mais intensidade ainda. Não se esquece o que se viveu. Não se esquece o que se sente, de um dia para o outro. E pior...não consigo aceitar tão facilmente como gostaria...
Não sei amar sem sofrer. Há sempre algo que me demonstra a existência de uma dor de amar. Basta uma palavra...uma acção...um silenciar...É de mim. É de mim esta sensibilidade desmedida que persegue a minha aparente felicidade...
Não consigo viver assim mas também não sei viver de outra maneira.
Gosto mas magoo-me. Admiro mas iludo-me. Vivo mas caio nas minhas próprias convicções irreais. Duvido se algum dia conseguirei sentir sem estes dois lados opostos. Desconheço a existência de amar sem ter consequencias adjacentes. Não sei. Não entendo se será possível.
Apenas sei que dói gostar.
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