Choro de novo.
Por tudo. Por nada.
Não entendo o porquê de funcionar assim. Tudo me atinge. Parece que nada é suficiente para mim. Tudo parece bem e no ápice encontro algo que me incomoda, que me deixa mal.
Não percebo. Porque me sinto assim. Que medo é este?
Take my breathe and my whole life too
please don't let me down
Acho que nunca tive em tão boas condições de ser feliz e viver essa felicidade. No entanto, parece que encontro sempre algo que me bloqueia.
Tenho medo. Medo de dar demais. Medo de perder o que tenho. Medo que as mudanças constantes da vida me façam perder o que tenho.
I can't understand what's going on
Não sei se ajo bem. Se o correcto é tornar indiferente ou referenciar. Não sei. Deixei de me preocupar (ou tentei deixar).
O cansaço por vezes vence. Vence até os maiores e universais medos.
Cheguei ao limite. Pus fim ao desgaste incessante de envolver e revolver a mente complexa que detenho. Arrumei tudo.
O cansaço. O responsável pelo mudança de atitude. (Um mudança aparente confesso...)
É dificil. Nem sequer consigo distinguir quais as reacções correctas. Perco-me entre a razão e a emoção, a racionalidade e o impulso. Não é fácil. Tento por tudo manter os factos à superfície da consciência, partilhada entre cabeça e coração. Os receios são pressionados para o mais recôndito pensamento possível.
Contudo, permanecem. Sempre permaneceram. Como ser emocional que sou, a objectividade da melhor acção nem sempre consegue bloquear a subjectividade do sentimento.
Procuro um meio termo.
Ainda não encontrei, embora me sinta cada vez mais detentora de um certo controlo. Nunca me poderão acusar de falta de esforço. Nunca. Este auto-controlo a que me vou submetendo acarreta demasiados pensamentos.
O receio permanecerá. Sempre. Quando se gosta teme-se.
"But then I promised it would change, then I promised it would be ok"
Estou extremamente irritada. Apetece-me gritar, espernear, deitar tudo cá para fora aos berros!
Em vez disso, respiro. Nem vale a pena tentar explicar a minha posição. Simplesmente não há consenso. O teclado acaba por ser o principal sofredor no meio de tudo isto. É esmagado pela frustração que sinto neste momento. Só a escrita abafa o furacão em que encarnei.
Não entendo porque o que serve para mim não serves para outros?! Se eu me esforço por manter uma conduta e tentar ser mais compreensiva e ponderada porque não recebo o mesmo em troca? Já mudei tanto...em tempos cheguei a discutir, a barafustar, e por vezes a concluir que não deveria ser tão exagerada. Agora...porque é que não recebo do outro lado o mesmo? Se eu me esforço e consigo admitir os meus erros e precipitações, não percebo porque não há um retorno idêntico.
Será assim tão difícil porem-se na minha situação?
Estou de tal modo frustrada que é melhor descarregar apenas na escrita e manter-me calada até a cabeça esfriar senão o resultado não vai ser muito animador...
"I wonder, if I ever let you down
Did you keep on moving
I wonder, when I took my feet from off your ground
Did you keep on going
If you ever need me, just remember
All the times when we wandered free
If you ever miss me, don't you know
That i feel the same way
I wonder, did I ever fail you
Did you give up dreaming
I wonder, when I had to go
Did you stop believing"
A insegurança voltou sem que eu consiga entender o porquê. Não existem razões mas está presente. Algo que só se dissipa quando há uma captação presencial de reacções...
O mais recôndito receio submerge. Esporadicamente sou atacada pela possibilidade da ilusão. Opto por confiar, de outra maneira não conseguiria viver espontaneamente.
Resta-me afastar este mau estar...talvez descabido...
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