Não é hábito meu utilizar este espaço para outros fins senão esvaziar a alma mas desta vez uma amiga precisa de uma ajudinha e cá estou eu para isso.
Pedia a todas as mulheres que perdem o seu precioso tempo a ler os meus devaneios para responderem a um pequeno e muito curto questionário. É algo fácil e que não vos rouba mais do que um minuto.
Este é o link
Nós agradecemos, é de extrema importância a obtenção do maior número de respostas.
E se quiserem divulgar agradecemos também.
Sinto-me sozinha. Como se só eu assitisse à minha vida. Sou como um espectador atento ao desenrolar de uma história que não evoluir. Não sei porque estou assim mas a única coisa que me apetece fazer é fechar-me e dormir até achar que posso acordar convenientemente.
Preciso de me restabelecer, não sei bem de quê, mas é uma necessidade. Estou perdida e sinto que se desaparecesse durante um tempo ninguém daria pela minha falta, embora saiba que tal não é verdade. Sinto-me superfula perante as pessoas. Talvez este sentimento tenha surgido como fruto da calmia existente no ambiente que me rodeia. Não sei mas provavelmente passarei o dia a pensar nisso...
Tenho saudades de escrever, aquela vontade incessante de me expressar. Expressar o que de mais profundo sinto.
Anseio por ter novamente aquela fome de palavras.
Apesar da minha não vasta experiência, acredito que nem todas as pessoas são as ideias. Já pensei que sim, que o que importa é o sentimento e o que conseguimos extrair daí. Acreditava que ao cultivar a relação era possível ser feliz e fazer alguém feliz. Ingenuidade. Não é verdade, pelo menos no meu caso. Foi da pior maneira que comprovei a incompatibilidade que por vezes existe. Dei tudo de mim, expus tudo o que sentia, lutei por aquilo em que acreditava e quando achei que o tinha alcançado todo o empenho demonstrou-se infrutífero. Não foi possível. Há diferenças que condenam qualquer relação.
Mais tarde vim a agradecer esse meu embate entre a minha ilusão e a realidade.
Hoje acredito que quando se encontra alguém semelhante aí sim é possível viver inteira e intensamente uma relação feliz.
Claro que não quero com isto dizer que encontrei o meu espelho. Não, de todo. Somos diferentes, por vezes até demasiado. No entanto, o essencial é semelhante - a visão que detemos da vida. Partilhamos uma maneira de viver que nos possibilita sermos diferentes à nossa maneira mas alimentando o que temos em comum.
Hoje, consigo entender com objectividade que não seria feliz se não tivesse alguém ao meu lado com a mesma perspectiva desta vida.
Se já não sei viver sem ti? É verdade.
Cada vez gosto mais de ti? É um facto.
Se tento de tudo para não demonstrar a minha vulnerabilidade cada vez que não estou perto de ti? Sim, confesso.
Gosto de ti, já não vivo sem ti e no entanto sinto-me mal cada vez que o digo. Para mim sentir-me dependente de alguém é expor-me, retirar a camada que me protege.
Magoa-me quando tenho a percepção de ser mais sentimentalista do que tu? Um pouco.
Sou feliz, nunca me senti tão bem em ter alguém como tu, e mesmo assim dói um bocadinho quando te digo tudo o que sinto, o que vai mesmo cá no fundo, e noto que não és assim. Não vais gritar ao mundo o que sentes por mim porque não és assim. Discreto. Gostas mas por vezes não dizes.
Se gosto quando de vez em quando me dizes o que sentes? Adoro.
Porque apesar de te ter todos os dias e comprovar que gostas de mim, assim como eu gosto de ti, também é bom ouvir as palavras.
Hoje gostei de as ouvir.
Não sei por onde começar. Todos os meus problemas existenciais parecem tão insignificantes perante os verdadeiros problemas mundiais que me remeto ao silêncio, ou talvez seja apenas a uma inexpressão que me envolve. Tenho tudo que me incomoda tão emaranhado que não consigo encontrar palavras que o descrevam.
Porque haverá sempre uma mau estar, uma acção ou reacção condenatória por parte dos que nos rodeiam? Porque me sinto pequena e insignificante face aos outros? Porque me sinto tão inexperiente e com receio de viver? Porque não sou capaz de amar sem temer pelo que me espera como retorno? Porque não consigo enfrentar o que me deixa trémula e incapacitada de modo a alcançar a ideia de querer fazer algo de frutífero?
Tantos porquês. Todos existentes mas provenientes de diversas situações e pessoas.
Amo, sei que amo, mas tenho medo de amar. Vou amando devagarinho, a medo vou dando, passo a passo, dia após dia, e quando penso que tenho segurança em mim logo surge algo que me torna pequena de novo.
Faço, vou fazendo e desenvolvendo o pouco conhecimento que tenho mas quando realmente penso que estou a ser bem sucedida logo surge alguma situação que me faz encolher na minha redoma.
Sinto, sempre senti. Não o faço tão impulsivamente como em tempos mas continua a ser intenso. Alcanço a felicidade quando sei que eu e os meus estamos bem. No entanto, quando creio que consegui conciliar todos na minha vida logo algo irrompe e torno a diminuir.
E é assim...tudo se resume a um labirinto com diversos caminhos que me conduzem sempre ao mesmo sentimento. Continuo a sentir que não consigo viver como quero. Fazer o quero, lutar pelo que quero. Em vez disso, sinto-me imensamente pequena como se a minha existência apenas se moldasse à satisfação "das minhas pessoas", à obtenção do que é certo e racional, a não errar e jogar sempre pelo seguro.
E é assim...às vezes sinto que eu não sou eu...que o eu que quero ser não é este...
Choro de novo.
Por tudo. Por nada.
Não entendo o porquê de funcionar assim. Tudo me atinge. Parece que nada é suficiente para mim. Tudo parece bem e no ápice encontro algo que me incomoda, que me deixa mal.
Não percebo. Porque me sinto assim. Que medo é este?
Take my breathe and my whole life too
please don't let me down
Acho que nunca tive em tão boas condições de ser feliz e viver essa felicidade. No entanto, parece que encontro sempre algo que me bloqueia.
Tenho medo. Medo de dar demais. Medo de perder o que tenho. Medo que as mudanças constantes da vida me façam perder o que tenho.
I can't understand what's going on
Mesmo quando tudo está bem as cicatrizes permanecem. A percepção que permanecerão sempre presentes só agora é uma realidade. Os momentos mais frágeis abrem as feridas tidas como saradas e as memórias massacram o que já foi ultrapassado.
Pensei que tivesse curada. Aliás, acredito que estou. Sofri muito, num silêncio inaceitável por vezes. Julguei que no passado ficassem esses maus momentos e os seus sentimentos adjacentes. Enganei-me.
Ultrapassar é diferente de esquecer. Há coisas que não se esquecem nomeadamente aquelas para as quais tivemos de criar reforços.
Fui atacada de tal maneira por algo que me fez voltar aquilo. Mesmo estando numa estabilidade, ansiada de ser alcançada pela maior parte das pessoas, senti-me frágil, derrotada, insegura. Tal como no passado.
Felizmente, tenho alguém que me resgatou do que me dilacerava, dando-me sanidade para a consciencialização do que tenho hoje e do ambiente propício à cura definitiva desses meus medos.
Quero estar sozinha. Estou sem paciência para situações que nada de bom me acrescentam.
Há um certo ponto em que aquela guerra de eu-provoco-te-ciúmes-e-tu- provocas-me-a-mim cansa. Estraga. Torna-nos inseguros. Amuados.
Hoje deixei de achar piada. Magoou mais do que lisonjeou.
Não tem dado muito bom resultado pensar na minha vida. Ponho-me a pensar em tudo, num instante faço uma viagem alucinante pelos meus últimos três anos. Tenho saudades de algumas coisas (e pessoas) que perdi, sinto falta dos meus rituais quotidianos que me faziam sentir viva e capaz de aproveitar a vida. Questiono-me acerca da vivacidade que se transformou em algo mais calmo, não tão impulsivo. Assisto à possibilidade de mudanças repentinas, que procuro continuamente mas, que me trazem medo como acréscimo. Medo daquilo que não conheço, daquilo que poderá ser, das consequências das minhas decisões, tomadas por vezes no próprio instante. Até que ponto me consigo identificar nesta corda bamba entre a tendência do comodismo e conformismo de uma vida regular e uma incessante vontade de procurar sempre algo novo, que me faça sentir que aprendi mais um pouco, que cresci mais um pouco.
Tenho certezas de algumas coisas. No entanto, é tudo tão vulnerável às transformações das minhas decisões que fico receosa. Espero e tento sempre que acha evolução mas quando chega à hora e me deparo com a mudança necessito de parar. Assusto-me. Receio.
Recordo o que fui, sinto-me grata por todas as recordações que guardo. Contudo também tenho momentos em que apenas gostava de presenciar aquilo que vivi, aquilo que senti. Ao longo do tempo, vou ganhando a consciência de que há coisas que só se vivem uma vez na vida...e mesmo que tenhamos a oportunidade de vivê-las mais uma vez, passar pela experiência de novo...nada é igual. Os sentimentos mudam, as pessoas tornam-se diferentes e aqueles que julgámos eternos ontem hoje já não o são...
E é tudo isto que, por vezes, me paralisa e me faz tentar não parar e pensar na vida, de modo a não sucumbir às incertezas e apenas esperar que as opções tomadas sejam as mais correctas.
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