A inércia apoderou-se da acção. Torna-se mais simples ser espectador dos dias que passam do que ultrapassar os obstáculos que parecem demasiado complexos.
Longe iam os dias em que a opção de ver o tempo passar era mais apelativa do que desbravar caminho. Falta a motivação. Demasiadas coisas não estão certas e os pensamentos vão-se entrelaçando e tornando tudo mais difícil.
A libertação ocorre apenas quando as lágrimas rolam e se confundem com a chuva que cai e lava todo o meu ser. A sensação é de libertação, como se todas as incertezas e receios fossem arrancados e apenas ficasse o essencial daquilo que sou.
Afinal o que isso é? É demasiada a confusão, a falta de algo que me mova, que me desperte. Até as palavras se tornam revoltas e deixam de fazer sentido.
Qual a solução para esta inércia que em vez de se tornar irritante toma a forma de um refúgio. Deixar que o tempo passe é sempre mais simples mas nem sempre o mais acertado. E é isso que alarmantemente ecoa em mim. Não está certo. Vai ter de existir um ponto de viragem em que a actividade vai ter de vir ao de cima e a vida voltará a fazer sentido como ela é, na sua verdadeira aceitação da palavra. Aquela vida em que as horas passam e a sensação de a aproveitar reina.
O grande problema é a mudança. A sede de mudança mas sem que haja aceitação de que uma mudança acarreta sempre abandonar o perímetro de segurança e ficar à mercê do desconhecido.
Afinal os sentimentos não são assim tão confusos. No fundo é o medo do que virá que comanda, neste momento, e comandará até que a inércia se quebre e a acção tome as rédeas disto a que chamo viver.
Mais um dia, mais um pedaço de rotina. A vontade de quebrar esse ciclo é incessante contudo os actos não o reflectem.
Nem sempre uma revolução da vida depende só de nós, tudo importa. Nem que seja a segurança que advém dessa mesma rotina e aprisiona a vontade de deixar tudo e partir.
Não é hábito meu utilizar este espaço para outros fins senão esvaziar a alma mas desta vez uma amiga precisa de uma ajudinha e cá estou eu para isso.
Pedia a todas as mulheres que perdem o seu precioso tempo a ler os meus devaneios para responderem a um pequeno e muito curto questionário. É algo fácil e que não vos rouba mais do que um minuto.
Este é o link
Nós agradecemos, é de extrema importância a obtenção do maior número de respostas.
E se quiserem divulgar agradecemos também.
Normalmente há sempre aquela tentação de se dizer “se pudesse voltar atrás para voltar a viver de novo aqueles momentos”.
Essa ânsia está sempre presente mas no fundo tenho consciência que se voltasse realmente atrás não voltaria a ser perfeito. A razão pela qual certos momentos são inesquecíveis e ficam marcados na nossa memória como perfeitos é mesmo essa. Foram vividos naquele instante, sem serem conhecidas as consequências de certas acções. O friozinho na barriga por não se saber se estamos a agir da forma mais correcta, se nos iremos arrepender das nossas acções e decisões. E no fim, se iremos sorrir e pensar que não podíamos ter agido de outra forma, que aquela foi a mais arriscada mas também a mais acertada.
Por circunstâncias da vida, algumas recordações estão agora a emergir e um desejo de voltar a passar por alguns episódios da minha vida, que sei que poucas pessoas têm a possibilidade de viver, renasce. Foi uma altura da minha vida revitalizante e inesperada, onde a ingenuidade de quem está a apenas a iniciar a vida adulta se misturou perfeitamente com a loucura de aproveitar cada instante da vida como se fosse único, pondo de lado a minha racionalidade habitual. Provavelmente foram os melhores momentos da minha vida e espero profundamente nunca me esquecer de cada pormenor, de cada passo, de cada pensamento, palavra ou sentimento. Isto, porque foi com base nesses momentos memoráveis que tenho o que construi até hoje.
Não, não quero voltar atrás. Em vez disso, quero reter as lembranças num recantos do meu ser e puder relembra-las sempre que me apetecer, com todos os pormenores como se fosse hoje. Afinal de contas pode ter sido algo inesquecível mas quem sabe se o que vivo hoje também fará parte dos momentos a reter para sempre no futuro…
Sinto-me sozinha. Como se só eu assitisse à minha vida. Sou como um espectador atento ao desenrolar de uma história que não evoluir. Não sei porque estou assim mas a única coisa que me apetece fazer é fechar-me e dormir até achar que posso acordar convenientemente.
Preciso de me restabelecer, não sei bem de quê, mas é uma necessidade. Estou perdida e sinto que se desaparecesse durante um tempo ninguém daria pela minha falta, embora saiba que tal não é verdade. Sinto-me superfula perante as pessoas. Talvez este sentimento tenha surgido como fruto da calmia existente no ambiente que me rodeia. Não sei mas provavelmente passarei o dia a pensar nisso...
Parece tudo tão incerto.
Há algum tempo que não sentia a vida tão instável. Por norma tenho de ter sempre um porto seguro, um plano B para o caso do A não resultar. Desta vez não é assim, não há plano B nem muito menos A. Não há planos, não há segurança.
Não sei o que quero nem o que é melhor para mim. O que me inquieta verdadeiramente é que esta falta de continuidade que sempre dei à minha vida coloca-me numa situação desconhecida e insegura. Qual o caminho a seguir? Qual o acertado?
Esta pausa está a deixar-me irrequieta. Já não consigo pensar e concentrar-me no delinear do esboço da vida. Tenho de o fazer mas os dias passam e torno-me num acessório do dia a dia. O tempo passa e a vontade de agir diminui tamanha é a desorientação.
Nem sempre é bom ter tudo na vida planeado, no enquanto neste momento era disso que precisava para me erguer de novo.
Apesar da minha não vasta experiência, acredito que nem todas as pessoas são as ideias. Já pensei que sim, que o que importa é o sentimento e o que conseguimos extrair daí. Acreditava que ao cultivar a relação era possível ser feliz e fazer alguém feliz. Ingenuidade. Não é verdade, pelo menos no meu caso. Foi da pior maneira que comprovei a incompatibilidade que por vezes existe. Dei tudo de mim, expus tudo o que sentia, lutei por aquilo em que acreditava e quando achei que o tinha alcançado todo o empenho demonstrou-se infrutífero. Não foi possível. Há diferenças que condenam qualquer relação.
Mais tarde vim a agradecer esse meu embate entre a minha ilusão e a realidade.
Hoje acredito que quando se encontra alguém semelhante aí sim é possível viver inteira e intensamente uma relação feliz.
Claro que não quero com isto dizer que encontrei o meu espelho. Não, de todo. Somos diferentes, por vezes até demasiado. No entanto, o essencial é semelhante - a visão que detemos da vida. Partilhamos uma maneira de viver que nos possibilita sermos diferentes à nossa maneira mas alimentando o que temos em comum.
Hoje, consigo entender com objectividade que não seria feliz se não tivesse alguém ao meu lado com a mesma perspectiva desta vida.
Se já não sei viver sem ti? É verdade.
Cada vez gosto mais de ti? É um facto.
Se tento de tudo para não demonstrar a minha vulnerabilidade cada vez que não estou perto de ti? Sim, confesso.
Gosto de ti, já não vivo sem ti e no entanto sinto-me mal cada vez que o digo. Para mim sentir-me dependente de alguém é expor-me, retirar a camada que me protege.
Magoa-me quando tenho a percepção de ser mais sentimentalista do que tu? Um pouco.
Sou feliz, nunca me senti tão bem em ter alguém como tu, e mesmo assim dói um bocadinho quando te digo tudo o que sinto, o que vai mesmo cá no fundo, e noto que não és assim. Não vais gritar ao mundo o que sentes por mim porque não és assim. Discreto. Gostas mas por vezes não dizes.
Se gosto quando de vez em quando me dizes o que sentes? Adoro.
Porque apesar de te ter todos os dias e comprovar que gostas de mim, assim como eu gosto de ti, também é bom ouvir as palavras.
Hoje gostei de as ouvir.
Não sei por onde começar. Todos os meus problemas existenciais parecem tão insignificantes perante os verdadeiros problemas mundiais que me remeto ao silêncio, ou talvez seja apenas a uma inexpressão que me envolve. Tenho tudo que me incomoda tão emaranhado que não consigo encontrar palavras que o descrevam.
Porque haverá sempre uma mau estar, uma acção ou reacção condenatória por parte dos que nos rodeiam? Porque me sinto pequena e insignificante face aos outros? Porque me sinto tão inexperiente e com receio de viver? Porque não sou capaz de amar sem temer pelo que me espera como retorno? Porque não consigo enfrentar o que me deixa trémula e incapacitada de modo a alcançar a ideia de querer fazer algo de frutífero?
Tantos porquês. Todos existentes mas provenientes de diversas situações e pessoas.
Amo, sei que amo, mas tenho medo de amar. Vou amando devagarinho, a medo vou dando, passo a passo, dia após dia, e quando penso que tenho segurança em mim logo surge algo que me torna pequena de novo.
Faço, vou fazendo e desenvolvendo o pouco conhecimento que tenho mas quando realmente penso que estou a ser bem sucedida logo surge alguma situação que me faz encolher na minha redoma.
Sinto, sempre senti. Não o faço tão impulsivamente como em tempos mas continua a ser intenso. Alcanço a felicidade quando sei que eu e os meus estamos bem. No entanto, quando creio que consegui conciliar todos na minha vida logo algo irrompe e torno a diminuir.
E é assim...tudo se resume a um labirinto com diversos caminhos que me conduzem sempre ao mesmo sentimento. Continuo a sentir que não consigo viver como quero. Fazer o quero, lutar pelo que quero. Em vez disso, sinto-me imensamente pequena como se a minha existência apenas se moldasse à satisfação "das minhas pessoas", à obtenção do que é certo e racional, a não errar e jogar sempre pelo seguro.
E é assim...às vezes sinto que eu não sou eu...que o eu que quero ser não é este...
Choro de novo.
Por tudo. Por nada.
Não entendo o porquê de funcionar assim. Tudo me atinge. Parece que nada é suficiente para mim. Tudo parece bem e no ápice encontro algo que me incomoda, que me deixa mal.
Não percebo. Porque me sinto assim. Que medo é este?
Take my breathe and my whole life too
please don't let me down
Acho que nunca tive em tão boas condições de ser feliz e viver essa felicidade. No entanto, parece que encontro sempre algo que me bloqueia.
Tenho medo. Medo de dar demais. Medo de perder o que tenho. Medo que as mudanças constantes da vida me façam perder o que tenho.
I can't understand what's going on
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